INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO – SINAIS DE ALERTA

O infarto agudo do miocárdio ocorre quando uma obstrução em uma ou mais artérias coronárias reduz ou interrompe o fluxo de sangue para o coração, levando a uma menor oferta de oxigênio para a porção do músculo cardíaco afetada.

Apesar dos importantes avanços em seu tratamento e em sua prevenção, ainda lidera o ranking mundial de causas de mortes, juntamente com o acidente vascular encefálico.

Sabemos que a maioria das mortes por infarto agudo do miocárdio acontecem antes mesmo que a vítima chegue a um hospital, indicando a importância de uma adequada valorização dos sinais de alerta dessa doença.

Trata-se de uma emergência médica absoluta, com necessidade de diagnóstico e tratamento precoces.

O principal e mais conhecido sintoma do infarto agudo do miocárdio é a dor torácica.

Além do infarto, outras condições também podem ser causas de dor torácica, entre elas: dores osteomusculares, refluxo gastroesofágico, embolia pulmonar, aneurisma de aorta, hérnia de hiato, doenças do esôfago, pericardite, pneumonia, pneumotórax, etc.

Dessa forma, faz-se necessário conhecer algumas características que sugerem infarto como causa da dor, para que não se cometa o erro de postergar a busca de um atendimento cardiológico:

• Desconforto ou dor retroesternal em aperto, peso, constrição ou queimação;
• Precipitada por esforço físico ou estresse emocional;
• Aliviada por repouso ou nitratos sublinguais;
• Duração de 5 ou mais minutos;
• Irradiação para o ombro e braço esquerdos, pescoço ou mandíbula;
• Associada a sudorese fria, palidez, náuseas, vômitos, falta de ar, desmaios;
• Em pessoa sabidamente portadora de doença aterosclerótica (placas de gordura em coronárias, carótidas, aorta ou artérias periféricas);
• Em portadores de fatores de risco (hipertensão arterial, diabetes mellitus, colesterol e triglicérides elevados, tabagismo, idosos, história familiar de infarto ou morte súbita, etc).

Ressalto que essas orientações gerais não devem servir de base para autodiagnóstico e automedicação, pois somente um médico qualificado está capacitado para estabelecer, com segurança, o real significado da dor torácica.

Na dúvida, sempre procure uma emergência cardiológica ou ligue para unidades de atendimento pré-hospitalar, como SAMU (192) ou Corpo de Bombeiros (193).

Dr. Lucas Miranda
Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia
Especialista em Clínica Médica