O exame de sexagem fetal se tornou um dos métodos mais rápidos e fáceis de descobrir o sexo do bebê. Isso porque ele permite saber se o feto é menina ou menino já na oitava semana de gestação. Além disso, o teste é feito por meio da análise de uma amostra do sangue da mãe. “O cromossomo Y é encontrado apenas no sexo masculino. Ou seja, caso seja detectada a presença dele no sangue coletado, a gestação é de um menino. Se não, a gravidez é de uma menina” explica Dr. Jurandir Passos, ginecologista, obstetra e especialista em medicina fetal do laboratório Exame. Mas o procedimento não serve apenas para ajudar os pais na hora de escolher o enxoval e a cor do quarto da criança. “A sexagem fetal é importante, também, na descoberta de algumas doenças e alterações genéticas, que só seriam diagnosticadas na puberdade”, ressalta o médico. Ele acrescenta que a hipertrofia congênita da adrenal, doença que pode levar a uma masculinização da genitália feminina, é um exemplo das anomalias detectadas no teste. “Esta patologia pode ser prevenida, pois ao se confirmar que a criança é do sexo feminino pelo teste de sexagem, a mãe é orientada a iniciar o tratamento preventivo o mais cedo possível, evitando, assim, o desenvolvimento da afecção”, esclarece. Outra alteração genética identificável com o exame é a síndrome da feminização testicular. Neste caso, o feto tem todo o corpo desenvolvido com características femininas, mas não apresenta órgãos internos compatíveis e o teste de sexagem aponta o sexo genético como sendo masculino. “Chamados de sexo reverso os casos nos quais, por uma falha hormonal, a genitália que a criança apresenta é oposta ao seu sexo genético”, finaliza o médico.