Faltando um mês para as eleições de 2022, o governador do Distrito Federal não cumpriu a palavra dada aos funcionários da CEB Distribuição, que foi privatizada. Estes seriam remanejados para outras empresas do GDF. Tem vídeo gravado, papel assinado pelo governador e diversas testemunhas.
Prometer é uma prática que políticos usam há muito tempo. No Brasil é uma prática terrível. “Ninguém é obrigado a prometer nada, mas desde que prometa, tem que cumprir”, dizem os mais velhos. Passa pela credibilidade da pessoa. Os eleitores não cobram as promessas feitas por políticos, no País, mas os cebianos estão cobrando sim.
Para entender melhor
Funcionários da CEB ouviram do governador, que se houvesse a privatização, eles não seriam demitidos, que seriam aproveitados em outras empresas do GDF. Passados alguns meses, algumas autoridades do Governo construíram um projeto que contemplava a promessa, porém um dos mentores do projeto foi para outro órgão.
Quando questionadas, as autoridades do governo dizem que estão vendo, que o governador não quer enviar. E já foram 51 demitidos.
Deputados afirmam que o governador não irá enviar o projeto, pois ele no futuro, se ganhar as eleições, vai continuar com as privatizações.
O sindicato da categoria, STIU, até o momento não conseguiu uma audiência com o governador, apesar dos pedidos serem reiterados.
Os funcionários fizeram concurso, projetaram sua vida até a aposentadoria, devido a estabilidade. Agora estão mais velhos para serem absorvidos em outros empregos.
Uma luz surgiu quando os deputados Agaciel Maia e Rafael Prudente apresentaram o projeto de lei nº 2.803/2022, que foi aprovado na CLDF que permite o aproveitamento, em órgãos da administração direta, indireta e empresas públicas, de funcionários da antiga CEB Distribuição migrados para a Neoenergia, com a privatização da estatal. O governador vetou, mas a CLDF derrubou o veto dia 09/08.
Dia 22/08 esta repórter perguntou ao governador se ele iria vetar o PL 2.803/2022 e ele respondeu ” não vou deixar passar” , perguntou também se ele iria desprezar os votos desses potenciais eleitores, no qual ele respondeu: ” voto não é tudo”.
Semana passada num encontro casual com alguns cebianos, na Feira dos Goianos, o governador disse que não iria ajudar no caso da CEB, que eles fizessem concursos novamente. É de se estranhar um candidato desprezar votos em plena eleição.
A coisa é pessoal com os cebianos? Muitas pessoas do GDF dizem que o governador está mal assessorado quanto ao assunto dos cebianos. Tem que haver uma resposta pra tanta animosidade. Cadê a ousadia para fazer, tão propalada em suas redes sociais?
O governador está confiante nas pesquisas que indicam que ele pode vencer as eleições em primeiro turno?
E a novela continua…
Francisca Rocha