Deputada Julia Lucy propôs o desafio do Lixo Zero no Guará e Águas Claras e, afirmou que, os contratos de coleta custam mais caro no bolso dos contribuintes porque são cobrados por quilo
Zuleika Lopes
A Green Ambiental, empresa sediada em Águas Claras, e seus parceiros, promoveram na noite do dia 10 de abril, na Hípica Hall, um encontro ambiental com representantes de entidades, síndicos, prefeitos comunitários, políticos e a imprensa para um workshop do meio ambiente e sustentabilidade. O lixo não pode ser mais um luxo. As famílias brasileiras e brasilienses estão tomando ciência que se não separem o lixo seco para reciclagem o país vai entrar em colapso. O vidro é um dos grandes vilões desta cadeia. Ele leva até 1 milhão de anos para se decompor na natureza. Geramos cerca de 7 mil toneladas mensais, apenas no DF.
“O vidro tem que deixar de ser um problema para ser uma causa, que não podemos deixar morrer. Enxergamos um ganho social e de sustentabilidade com esta iniciativa, minha, do meu sócio José Maria de Siqueira Filho, onde envolvemos nossas famílias, as esposas e filhos. A Green, mais do que uma empresa é um legado para o futuro de Brasília.”, ressaltou Roberto Bretas. “O vidro pode ser 100% reciclado e a logística precisa ter flexibilidade, a Green Ambiental entra em um momento importante para a sustentabilidade deste resíduo sólido. Para isto buscou parceiros internacionais instalados no país, como a Oi Glass e aContemar, que é a fabricante do equipamento. Os Institutos Lixo Zero e Ecozinha e a R2 Produções (na Praia)”, revelou o empresário.
Para a deputada Julia Lucy, moradora do Guará, ainda há tempo de salvar Brasília do caos de outras cidades. “Acreditamos nas empresas e na sociedade civil buscando soluções para problemas coletivos. Já está mais do que claro que o estado não consegue fazer tudo e é ineficiente e corrupto. Precisamos nos unir a empresas que sejam sérias e que tenham um pacto social e também com representantes da sociedade civil que colocam a mão na massa”, disse a distrital.
“Acreditamos que o lixo é um alternativa para o desenvolvimento econômico, porque hoje estamos gastando muito com contratos da coleta de lixo, e no caso específico do vidro ele não está sendo separado do restante do lixo. O contrato de coleta é calculado com base no quilo, e o vidro entra no cálculo onerando e nós, sociedade civil, pagadores de impostos estamos pagando muito por algo que deveria ser separado e devidamente tratado. Como hoje ainda não temos uma fábrica no DF, que é um sonho do meu mandato, para gerar mais emprego e renda. Podemos sair na frente e dar o exemplo por meio do vidro”, afirmou.
Segundo a deputada, toda estratégia começa com projetos pilotos, como o da Green Ambiental no DF. “Temos a administradora Vânia Gurgel, eu e muitos representantes da sociedade civil do Guará e de Águas Claraspresentes no evento. Estas duas cidadespossuem possibilidades de focar com lixo zero. Meu gabinete é lixo zero, porque a gente precisa mais do que falar, dar o exemplo. Precisamos nos unir, separar o vidro, conseguir volume e mandar, inicialmente para São Paulo”, incentivou Julia Lucy.
Usaram da palavra representantes do governo e de entidades não governamentais, bem como da sociedade civil, como a prefeita comunitária Maria Gorete de Lima da 115 Norte, do Plano Piloto, que contou sua experiência após a compra de dois ecolix para a quadra. Um ecolix tem capacidade para armazenas 800 kg de vidros e durabilidade de 13 anos. A retirada do armazenamento é facilitada com o uso de um caminhão muck, que devolve o recipiente sem que ocorra quebra do ecolix adquirido.